Dolly e Zoom são duas técnicas/ferramentas de recurso para vídeo que podem acrescentar uma estética diferentes em certos detalhes do vídeo. Ainda que seja das ferramentas que menos uso por motivos práticos e estéticos, tenho de admitir que o Zoom é um instrumento eficaz para transmitir determinadas mensagens e ideias da linguagem fílmica.
No entanto, o Zoom é frequentemente confundido com o Dolly devido às suas aparentes semelhanças visuais.
DOLLY E ZOOM SÃO COISAS DIFERENTES.
Logo à abrir, o Zoom obriga a um ajuste na distância focal da lente, enquanto que o Dolly requer a deslocação física da camara. Para obter um Zoom, não há a necessidade de mover fisicamente a camara para a frente ou para trás. É apenas o aumentar ou reduzir a ampliação da lente.
Um Dolly requer um maior grau de intervenção humana. O deslocamento físico para mais perto ou mais longe do sujeito, com impacto direto na relação entre o sujeito e tudo o que o rodeia.
CONVERGÊNCIA ENTRE DOLLY E ZOOM: O ZOLLY
É possível fazer convergir dois movimentos de câmara, ou duas técnicas ou dois planos para criar algo completamente diferente. Isso é uma das coisas bonitas e desafiantes da arte. Fundir o Dolly e o Zoom é uma técnica que não funciona sempre e nem sequer é fácil de aplicar na prática, mas muito interessante. Tem sido usada com grande eficiência em clássicos como Jaws ou Poltergeist. Fazer um Dolly Into conjugado com um Zoom Out, por exemplo pode ser algo novo para os olhos do espectador e estimulante ao mesmo tempo, marcando o nosso trabalho pela diferença.
Não se pode dizer que um seja mais acertado do que o outro. Cada um tem um resultado visual diferente e ser propósitos distintos na narrativa. Cabe a nós, realizadores ou cinematógrafos a decisão final.
Num vídeo do seu canal do YouTube, a Fandor explica de forma simples a história do Zoom e do Dolly e a forma como grandes nomes do mundo do cinema os usaram da melhor forma.