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DIÁRIO DE BORDO – XXI

Aconteceu.

Passaram 6 meses e 1 dia desde que acontecera pela última vez, mas voltei a dar formação o dia todo presencialmente.

Nada de limitações de tempo… Foi um dia, 3 turmas, 7 horas, o mesmo Centro de Formação. O que mudou?!

Bem agora há luvas, há máscaras, há desinfetante por todo o lado… E todos os cuidados que por esta hora já sabemos de cor.

Foi no CENFIM, um Centro de Formação que está a apostar no regresso à formação presencial praticamente na integra. É quase tão difícil como foi em Abril adaptarmo-nos, do nada, à formação à distância. No entanto, o grupo de formadores envolvido não deixa margens para eventuais falhas e o caminho está a ser bem feito.

Na verdade, não foram as primeiras sessões presenciais pós-isolamento, já o tinha feito na Academia de Design e Calçado, mas apenas num número limitado de horas. Este foi o primeiro dia completo (7 horas) em sala de aula.

O resultado pode ser resumido numa frase: se a vontade de aprender e de ensinar estiver lá, tudo correrá bem.

Parece-me que a celeuma criada em torno do regresso às salas é exagerada. Os cuidados a ter são simples e comprovadamente eficazes. O problema está, maioritariamente, no comportamento de uma minoria de formandos que por estarem naquela idade em que todos se acham imortais, se esquecem dessas mesmas regras. E é aí que temos que entrar nós, formadores, para os relembrar da importância das mesmas.

A maior mudança no meu trabalho é o facto de, com turmas grandes, os formandos serem divididas por duas salas, o que implica um novo paradigma de formação para mim e um maior jogo de cintura na gestão do tempo e da própria sessão. Isto não funciona da melhor forma com todos os grupos, mas esta é também uma fase de adaptação para todos, formandos e formadores, e certamente que em breve todos estaremos acostumados a isto.

Apesar disso, acredito que esta fase inicial pode ser até a mais fácil. Os problemas mais sérios podem surgir numa fase em que já todos estamos demasiado confortáveis e comecemos a baixar a guarda.

A tendência é para que as horas presenciais voltem a ser totais. Ainda há centros de “pé atrás” a apostar num misto de presencial com formação online síncrona e assíncrona, mas progressivamente vamos voltar às salas de formação em força.

Vamos a isso.

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