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Um passeio à Fotografia analógica

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No fim do ano de 2021 dediquei-me a um hobby que esta de lado: fotografia analógica.

Desde a minha adolescência que a fotografia é uma paixão. Chegou a haver a esperança de me dedicar profissionalmente à coisa, mas as imagens em movimento atraíram-me mais do que as estáticas. Ainda assim, fui mantendo o “bichinho” vivo.

A comodidade do digital foi sempre demasiado confortável e óbvia para que olhasse para outro lado. Se posso tirar centenas de fotos num cartão, sem pagar nem esperar para as ver, porque vou eu andar a comprar e revelar rolos que só vão dar para um máximo de 36 fotografias?

E é verdade que ainda hoje penso que as vantagens do digital só esmagadoras e, em certas situações, insubstituíveis.

A primeira Lomo

Há mais de 10 anos o analógico voltou à minha vida sob a forma de uma Diana F+ oferecida por uma prima.

Fiquei de pé atrás, sobretudo porque os rolos de 120mm que alimentam a máquina não só eram caros, como muito difíceis de encontrar. Mas fui usando e experimentando, muitas vezes com rolos expirados, e fui percebendo a magia do analógico em certos momentos.

Fotografia Analógica no casamento

No meu casamento onde optei por colocar máquinas descartáveis nas mesas para ter depois fotos tiradas pelos convidados que saíram com um aspeto “vintage” e único.

Dos avós para a neta

Quando a minha filha nasceu decidi pedir ao meu pai uma analógica que eles tinham e começar a usá-la de forma esporádica para tentar ensinar a minha filha a fotografar.

Ela “bateu” 2 ou 3 fotos, sem noção e enquadramento… O rolo está neste momento no laboratório. Estou ansioso para as ver.

As “novas”

Em 2019 “caíram-me no colo” mais duas máquinas: a minha esposa ofereceu-me mais uma Lomo (La Sardina 8 ball) e um primo deu-me uma Minolta que já estava encostada.

Embora 2020 e 2021 não tenham sido anos para grandes saídas, estas câmaras foram as que intensificaram o uso do analógico e foram extensamente usadas ao longo destes anos.

Decidi por isso que este é o momento de ser mais analógico e menos digital. Há situações para o digital, mas o analógico é o momento puro e duro. Há qualquer coisa de terapêutico em sair com o analógico e ter de pensar antes de bater a foto. Só vou ter aquele momento. Estou limitado no tempo e no formato e tenho que pensar na abertura, na velocidade, o ISO, o enquadramento… Esse processo é um escape e um foco ao mesmo tempo. É tirar-me do facilitismo do “point and shoot” e forçar a concentração no objeto fotográfico dando-lhe o meu próprio significado.

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